terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Re(vira)volta

Vou fazer da sua vida um inferno
porque a minha foi você quem destruiu primeiro.
Como tu diz? O pioneiro.
Ou tu pensa que eu não sei
que foi tudo bem pensando
planejado
por essa tua mania doentia
destrutiva
de derrubar tudo que se aproxima.
Mesmo sem perceber.
Porque no seu redor
só cabe seu ego
e eu não sossego
enquanto eu não ver
você
na mesma lama
nessa trama
nesse laço
nesse estrago
que você me deixou.
Tu vai se fuder.
Minha vida tá um caos,
tô sem grana,
tô sem roupa,
eu vivo rouca
dos cigarros que fumei,
e pelos bares que andei
me chamam louca,
até o mendigo da esquina
tem pena de mim
porque pelo menos um desgaste desse ele não vive
só sobrevive
e eu nem isso mais.
Mas espera
que eu me ergo
reestabeleço
e descarrego
no teu pescoço
meu carnaval
não se amedronta
não adianta
pro seu governo
eu quebro o pau
não me faz mal
tô nessa zona
e nessa lona
eu não me pus sozinha
e tudo que eu tinha
tu vai me devolver
porque nessa cidade
todo mundo vai saber
do teu nome
teu sobrenome
teu telefone
que tu não merece, a fama que tem
que de homem só tem os culhões, e olhe lá
porque isso eu já nem sei.