Um caos humano
perdido no caos urbano
que tem sido essa cidade.
Em maus lençóis
as mãos a sós
enxugam sua ansiedade.
Dois olhos vãos
sem par, sem chão,
caem em docilidade.
Até que pra alguém
sem um vintém
dá-se em gratuidade.
Já quisera um trocado pra comprar sapatos novos,
até que preferiu andar descalça por toda vida.
E que lindos eram os pés nus de Letícia.
***