terça-feira, 17 de novembro de 2015

Rendição

Me prendi no pleocroísmo verde azul dos teus olhos indecisos.
Me perdi no preto fim dessas pupilas dilatadas.
Dilatou com coisas tuas toda a minha consciência,
E nos meus vãos já vem morando sem que eu te peça nada.

O cheiro da nuca, da orelha, a mais efetiva droga,
correndo do céu pro céu da boca em um segundo.
É superdose, é tu demais, e nada mais me ganha tanto.
Nada mais quero, nem me atrai se nas mãos já tenho o mundo.

***

É cada mundo.