terça-feira, 7 de julho de 2015

1/4

Ser cultural
que roubou de mim a destreza
nesse tremular de mãos,
nesse surto de felicidade e susto
que vem e vai embora junto
com o que nunca me deu certeza.

Ser lindo esse
que demais bonito me apareceu.
Guardou pra si o sorriso acanhado que dei
me devolvendo depois num sorriso seu
que mais bonito que esse tá pra nascer agora
na boca vermelha que o criador lhe deu.

Ser amanhã
que plantou em mim a espera do Sol,
chegando pra limpar a alma da noite
suja de álcool, fumaça e outros amores
porque nunca soube viver seus anseios
calma e mansa em seu canto em Dó.

***


É doce como as canções que eu gosto, esse ser.