domingo, 17 de maio de 2015

Cegueira Emocional

Eu preciso de você pra equilibrar o frio que faz.  O café, o cigarro, o cobertor são gambiarras esforçadas que não substituem.
Já fez calor e eu me acostumei. Já fez amor e eu me apaixonei.
Me acostumei com o peso dos seus olhos sobre mim, desaprendi a andar leve.
Não amadureci ideias de justa causa, nem retifiquei minhas erradas.
Tenho morrido na metade do caminho por cansaço, por falta, pra te esperar, esse caminho nem é  mais tão interessante assim.
Mas a vida é essa esteira e se for pra te esperar vou ter que andar pra trás, definitivamente eu não consigo fazer isso sem cair. Posso aprender mas me tortura não saber até quando vou ficar nessa.
Se for até onde der? Quantas quedas serão suficientes?
Eu te quero demais, mas.
Olhe por cima e veja tudo o que eu já movi, olha a bagunça que tá a minha vida. Se fiz isso é porque talvez você tenha valido o trabalho que vai dar pra arrumar isso tudo.  E ainda assim se não tivesse valido eu não fui trouxa, acredito. Eu só amei demais. Eu amo demais.
Por favor, volta.

***