terça-feira, 27 de agosto de 2013

Passar gelol não passa

A pessoa até se sente amada, mas só se sente mesmo porque na verdade não é.
Vez em quando nos bate essas doideiras de dar o coração numa bandeja pra só servir de brinquedo pro "divertido" da vez. E não tem nada de divertido nisso.
A gente até tenta se conformar, toma logo umas doses de razão pra ficar ciente das possibilidades, mas não tem nada que dê jeito mesmo, sempre vira aquela ferida que merthiolate não cura.
Dar-se de coração machuca demais, dói, sai caro, e decepciona.
Porque a gente sempre acha que vai ser retribuído?
Quem dá amor quer amor. E o vice-versa? Quase nunca.
Aí tem os que mendigam, se contentam com migalhas e ficam por isso mesmo. E tem os que, não satisfeitos, apenas dão meia volta e vão embora com suas dores, esses; mesmo parecendo mais conscientes, mais "amantes de si mesmo"; nem sempre são os que menos sofrem.
E como consequência desses dois casos existem os que dizem "Cansei!".
Cansou de quê? De amar?.
Não. Cansou de sofrer mesmo. Exaustão, sabe? Saco cheio. Nem sempre amar vale à pena.
Amar é bom, é bonito, mas reciprocidade também significa muita coisa, é do tipo que "faz toda a diferença", motiva a potencializar o sentimento.
Tem hora que amar sozinho não basta, não dá pé. É concentrado demais, e sem adição de nada o sentimento satura, fica pesado. Aí a gente desiste, mas não passa. Tem que correr atrás do prejuízo pra passar, e nessas horas correr atrás do prejuízo é lucro.


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post-scriptum: Feliz por estar de volta. Apesar de ter coisa aos montes pra dar conta, estar aqui é sempre bom. Voltando a respirar aos poucos. Temer o amor às vezes convém.
Um beijo em vocês.